Por Renata Maron:
“ESG e sustentabilidade é um valor para gente. Nós traduzimos isso em metas muito claras. No ano passado a gente assumiu de fato a responsabilidade nesse processo de descarbonização da agricultura. Nossa meta é até 2033 reduzir pela metade as emissões de CO2 em todas as nossas operações e mais do que isso, nós definimos que até 2050 a gente quer ser net zero de emissão de carbono, mas o desafio é como mensurar esses resultados” - Carlos Martins Simões Júnior, Diretor de Supply Chain, Agrícola e TI da Tereos.
A corrida pela descarbonização das gigantes agrícolas, a sustentabilidade na indústria canavieira e as parcerias estratégicas que potencializam esse desenvolvimento foram temas abordados no episódio 34 do Koppert Biotalks, que recebeu além de Carlos Martins Simões Júnior, o gerente de marketing estratégico Koppert Brasil, Christian César Menegatti.
“A Koppert detém a liderança do controle biológico no Brasil e o grupo Tereos é um dos nossos grandes parceiros, que adota as nossas tecnologias. O tema da sustentabilidade está diretamente ligado quando a gente fala de controle biológico. A gente faz o uso de controle biológico para importantes pragas. Esses micro ou macroorganismos que são aplicados em diferentes situações nos canaviais, se estabelecem e entram em equilíbrio, promovendo esse desenvolvimento para que a cana possa mostrar ao máximo do seu potencial”, afirmou Christian Menegatti.
De acordo com Carlos Simões, o compromisso com a sustentabilidade foi um pilar fundamental na jornada da Tereos. “Nós fomos uma das primeiras empresas do agro a assumir o compromisso de sustentabilidade junto a SBTi, que é um instituto que mede de maneira científica os indicadores, targets e a capacidade real de descarbonização, órgão filiado a ONU que demonstra o nosso compromisso verdadeira com o meio ambiente”, disse.
Investir no mercado dos biológicos potencializou a jornada sustentável da gigante do setor sucroenergético
“Eu diria que existe um desafio maior que é você descarbonizar processos de maneira indireta. A gente tem uma série de produtores e fornecedores, de insumos por exemplo, que nos seus processos de produção acabam carbonizando, gerando CO2. Com essa iniciativa de biológicos, estamos apostando bastante para a descarbonização, ou seja, é a emissão indireta de carbono ou a emissão de carbono que os nossos fornecedores promovem na produção de seus produtos”, declarou Carlos.
A Koppert investe em pesquisa e desenvolvimento. Em Piracicaba, interior de São Paulo, há um centro de excelência e desenvolvimento que periodicamente está com lançamentos no mercado com o objetivo de ajudar também o produtor de cana.
“A Koppert por exemplo tem em sua linha de pesquisa novos produtos que permitem com que a usina deixe de fazer esse tipo de adubação nitrogenada, em detrimento do uso de um produto biológico que vai suprir o sistema solo e planta com o nitrogênio que é tão essencial para o desenvolvimento”, informou o gerente de marketing da Koppert Brasil.
Os desafios da descarbonização também caminham juntos com as inovações aplicadas no campo
“Desde o ano passado estamos fazendo uma aposta pioneira e inovadora que é usar robôs aplicadores de defensivos agrícolas. São robôs que têm câmeras por inteligência artificial. Eles conseguem fazer a leitura das imagens e saber onde há ervas daninhas, disparando defensivos agrícolas apenas onde há infestação e o melhor sendo movidos por energia solar, sem o consumo de diesel. Então isso demonstra o nosso DNA em inovação e busca incessante de novas tecnologias”, declarou o executivo da Tereos.
A parceria tende a crescer nos próximos anos
“Pesquisa, tecnologia e buscar inovação, precisa estar no nosso DNA. Aqui a gente acredita que pensamos parecido, enxergamos o futuro de maneira parecida e estamos ansiosos para incrementar ainda mais”, afirmou Carlos.